Programa paroquial

sexta-feira, 31 de julho de 2015

«Quem vem a Mim nunca mais terá fome...»

Após a multiplicação dos pães, uma multidão segue Jesus. Jesus percebe que pode haver equívocos nesta procura: «vós procurais-Me porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna…»

A confusão é, como acontece tantas vezes, entre a satisfação das necessidades do momento e a realização da pessoa na sua totalidade, como acontecia também na primeira leitura deste Domingo, onde o povo reclama da sua liberdade: preferia estar na escravidão do Egipto onde tinha comida em abundância…

É a confusão que pode surgir, ainda hoje, quando se «recorre» a Deus para lhe pedir que faça os milagres que satisfazem as nossas necessidades materiais imediatas, em vez de ousarmos entrar numa relação plena de confiança em que deixamos que Ele realize em nós o maior de todos os milagres: a conversão do pensamento, do coração e da vida para que, com Ele em nós (comendo deste «Pão»), o nosso projecto de vida seja identificado com o de Jesus – viver não para si mesmo, mas no amor que se faz dom, na partilha daquilo que se tem e é, no serviço simples e humilde – que trazem para esta vida o sabor da eternidade.

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Do pouco, Jesus faz muito...

Durante alguns domingos, vamos interromper a leitura do Evangelho de São Marcos para escutar sexto o capítulo do Evangelho de São João. Inicia-se com o relato da multiplicação dos pães e dos peixes (deste domingo) para continuar depois com toda a catequese do «Pão da Vida».

Já neste sinal se dá a entender a dimensão eucarística: Jesus que dá graças e distribui... e do pouco se faz muito. Da partilha, doze cestos de sobra. Mas um outro alimento irá saciar bem mais: Jesus é o Pão que sacia de verdade a fome que sente cada um no mais íntimo de si mesmo. 

Realce para a atitude do rapazito, com os seus cinco pães e dois peixes: pode parecer tão pouco para toda aquela gente, mas Jesus do pouco faz o muito: «Quando damos amor, amizade, um pouco do nosso tempo ou simplesmente um sorriso, quando procuramos respeitar o outro, sem o julgar, quando fazemos um caminho de perdão… Jesus serve-Se desse pequeno pouco para construir connosco, pacientemente, dia após dia, o seu Reino.» 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Passeio da Paróquia 2015


No passado sábado, dia 18 de julho, a paróquia da Boa Vista realizou o seu passeio anual, desta vez com destino ao Porto. Durante a manhã houve a visita às Caves Cálem, em Gaia, seguindo-se o almoço em piquenique nos jardins do Palácio de Cristal. Depois de almoço foi a visita ao Palácio de Cristal, seguindo de algum tempo livre que muitos aproveitaram para a visita à igreja de São Francisco. A missa na Sé do Porto foi o último ponto no programa. Aproveitou-se o final da celebração para tirar a fotografia de grupo antes do regresso à Boa Vista.

Mais fotografias AQUI

sexta-feira, 17 de julho de 2015

26 de julho: Santuário de Fátima celebra Dia dos avós: “Felizes aquelas famílias que têm os avós perto!” (Papa Francisco)

No dia 26 de julho, Festa litúrgica de S. Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Santa Maria e avós de Jesus, o Santuário de Fátima celebra o dia dos avós.

O Santuário de Fátima, consciente da missão e da importância dos avós na vida das famílias, não podia deixar passar este dia sem um programa que lhes fosse especialmente dedicado. Assim sendo, o dia 26 começa na Capelinha das Aparições, às 10:00 com a recitação do Rosário, segue-se a missa das 11, no altar do Recinto com a consagração dos avós a Nossa Senhora e a procissão do Adeus. Na tarde desse dia, haverá o encontro com os avós, pelas 15:00 na Capela da Morte de Jesus.

Quando o Papa Francisco se encontrou com os idosos e os avós, no dia 28 de setembro de 2014, na Praça de S. Pedro, disse: “Aos avós, que receberam a bênção de ver os filhos dos filhos, está confiada uma grande tarefa: transmitir a experiência da vida, a história duma família, duma comunidade, dum povo; partilhar, com simplicidade, uma sabedoria e a própria fé, que é a herança mais preciosa! Felizes aquelas famílias que têm os avós perto! O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes. Nos países, onde grassou cruelmente a perseguição religiosa, […], foram os avós que levaram as crianças para ser batizadas às escondidas, foram os avós que lhes deram a fé. Valentes! Foram valentes na perseguição e salvaram a fé naqueles países!”

(in: Santuário de Fátima)

Parar para dar sentido ao bem que se faz...

Aos doze que voltam da sua missão de anúncio, de cura e libertação, que contam entusiasmados tudo o que, em nome de Jesus, tinham feito, Jesus convida-os para um tempo novo: «vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». E o texto do Evangelho explica porquê: «havia tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer».

Jesus sabe da necessidade de não se perderem no activismo; é preciso fundamentar a acção a partir do essencial. Não é um tempo de «férias», mas quase como que um «retiro»: estar num lugar isolado na companhia de Jesus. É desse encontro, desse estar com Ele, que resulta uma acção missionária consistente. Não apenas fazer, mas «fazer bem o bem que se faz» (D. António Marto). Agir a partir do coração de Jesus: por isso a necessidade de estar com Ele para conhecer o seu coração, e amar e agir no mundo com o seu coração...

A multidão, no entanto, não deixa de procurar Jesus... Ao desembarcar e ver toda aquela gente, Jesus «compadeceu-Se»... A compaixão é por sentir que são como «ovelhas sem pastor», por ver como não têm assumido um rumo, um sentido para a vida, por andarem perdidos, desorientados... E por isso lhes ensina «muitas coisas». De facto, a mais fundamental das acções que a comunidade cristã é convidada a ter é precisamente esta que de se «compadecer», e de anunciar a Palavra que oriente e dê sentido. Quanto sofrimento não existe pela «desorientação» na vida, pelo seguimento de falsos «pastores», por querer ter sempre razão e se fechar à Palavra de Deus? Deixar-se guiar por Jesus, «retirar-se com Ele», para encontrar o Caminho a seguir e a anunciar. Ser cristão passa por este equilíbrio entre o «descanso» em Jesus, e o «trabalho» de O dar a conhecer como Pastor que vale a pena seguir.

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sexta-feira, 10 de julho de 2015

36 jovens da Boa Vista e Santa Eufémia confirmados na Fé

Grupo de Crismados da Boa Vista
No passado dia 5 de julho, o Sr. D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, presidiu à celebração da Eucaristia na igreja paroquial da Boa Vista, na qual confirmou um grupo de 36 jovens das paróquias da Boa Vista e Santa Eufémia.

Seguindo a prática dos últimos anos, em que a Crisma se realiza um ano em cada paróquia, coube à Boa Vista acolher esta celebração que decorreu na tarde de domingo, com início pelas 17h. Após o acolhimento no exterior, os jovens, com os seus padrinhos e familiares, encheram a igreja. Numa celebração viva e participada, cada um foi convidado pelo Sr. Bispo a abrir o seu coração à presença de Jesus, procurando conhecer intimamente o mistério da sua presença viva e transformate, não se deixando cair no erro dos conterrâneos de Jesus que, no seu tempo, não O souberam receber como o Salvador.

Todos os Crismados da Boa Vista e Santa Eufémia
Ficou, no fim, o desafio, de não deixar apagar a chama desse Espírito Santo, o dom de Deus que cada um recebeu na sua vida pela celebração deste sacramento que completa a caminhada de iniciação cristã. Um dom que, como reforçou o Sr. Bispo, foi pedido não apenas por ele, mas por todos os cristãos ali reunidos para esta celebração que renova na igreja o dia de Pentecostes.

Chamados para serem enviados

O chamamento dos Apóstolos está ligado ao seu envio: são companheiros de Jesus, não para ficarem abrigados perto d’Ele, mas para serem enviados, para irem como suas testemunhas.

E envia-os dois a dois. Sem dúvida porque, na altura, um testemunho só era reconhecido como autêntico se levado por duas testemunhas. Mas, mais profundamente, porque Jesus veio para colocar os homens na “circulação do amor”. Deus criou os homens para serem à sua imagem e semelhança. Como “Deus é Amor”, os homens serão imagens de Deus na medida em que construírem juntos relações de amor fraterno.

Mas os homens recusaram isso… Jesus veio precisamente para acabar com a divisão: Ele reconcilia os homens com Deus e os homens entre si. Eis porque Jesus envia os Apóstolos dois a dois: para que sejam primeiramente, pelo seu comportamento e pela sua vida, testemunhas desta obra de reconciliação. Essa continua a ser a missão dos discípulos, a Igreja.

A missão dos Apóstolos é, pois, a de lutar contra o mal que divide e que corrompe. Por isso, Jesus dá conselhos de pobreza àqueles que envia: encher-se de riquezas materiais é arriscar cair na armadilha do egoísmo, é entrar no círculo infernal da vontade de poder, da inveja. Conselho sempre válido para todos os baptizados cuja missão é serem testemunhas da Boa Nova no coração do mundo

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sábado, 4 de julho de 2015

O António vai ser instituído no ministério de acólito

O seminarista António Cardoso, que ao longo deste ano esteve em estágio pastoral na paróquia da Boa Vista, vai ser instituído no ministério de acólito no próximo dia 13 de julho, às 19h15, na Sé de Leiria. Nesse dia, celebra-se a dedicação da catedral, e serão ainda instituídos no ministério de leitores dois outros seminaristas.



O bispo D. António Marto presidirá à celebração eucarística da solenidade da dedicação da Sé de Leiria, no próximo dia 13 de julho, segunda-feira, às 19h15. Nela haverá a instituição no ministério de leitor dos seminaristas Eduardo Caseiro, da paróquia da Barreira, e Dany Gil, da Atouguia (Ourém), e, no ministério de acólito, do seminarista António Cardoso, de Benfica do Ribatejo (Santarém).

No mesmo ato litúrgico, o bispo anunciará o tema e os objetivos para o biénio pastoral mariano, que terá início em setembro próximo, e fará o rito de envio do grupo missionário Ondjoyetu, constituído por 7 elementos, incluindo o padre David Nogueira Ferreira, que irá desenvolver atividade caritativa e apostólica no Alentejo, na Paróquia de Santo André, da diocese de Beja, de 1 a 9 de agosto próximo.

A participação nesta celebração ajuda a avivar e alimentar a consciência da Igreja diocesana reunida à volta do seu Bispo. Torna-se ainda ocasião de apoio aos seminaristas que vão ser instituídos e aos outros, na sua vocação para o ministério presbiteral, e de consciencialização de que toda a Igreja é enviada em missão para testemunhar o amor de Deus por cada homem e partilhar o dom da fé. É igualmente ato de agradecimento a Deus pelo dom destas vocações e prece para que o chamamento chegue também a outros e neles encontre acolhimento positivo.

Os ministérios de leitor e acólito
A instituição no ministério de leitor confere a quem o recebe a tarefa oficial de serviço no âmbito do anúncio e do ensino da Palavra de Deus na liturgia, na catequese e noutras circunstâncias. Já o acólito, exerce funções ligadas ao altar e também à distribuição da sagrada comunhão aos fiéis. As instituições referidas constituem os primeiros passos no caminho que conduz progressivamente quem é chamado à entrega da sua vida para o serviço do povo de Deus. As funções destes ministérios podem ser confiados a fiéis leigos, todavia, na prática, só o recebem os jovens ou adultos orientados para a ordenação de diácono ou sacerdote. Há, no entanto, hoje muitos cristãos leigos que, sem qualquer instituição, desempenham na Igreja tarefas de difusão, testemunho e proclamação da palavra divina, de serviço ao altar e de distribuição da comunhão eucarística, levando-a também aos doentes.

A dedicação da catedral
A dedicação de uma igreja é a celebração mediante a qual o bispo consagra a Deus um lugar ou edifício de culto, onde os fiéis acorrem para a oração e para receberem do Alto as graças divinas. O aniversário deste ato é celebrado, na própria catedral, como solenidade, e nas outras igrejas da diocese, como festa, em sinal de comunhão e de pertença à mesma porção do povo de Deus. A igreja catedral tem grande significado simbólico. Nela está a cátedra ou sede do Bispo, sinal da sua missão de pastor e de mestre da fé para a Igreja particular ou diocese e sinal também de unidade e comunhão dos crentes na mesma fé. Por isso, a Igreja recomenda aos fiéis que tenham amor e veneração para com a catedral. A celebração do aniversário da dedicação contribui para melhor realçar a importância e dignidade da Igreja particular ou Diocese e para inculcar nos fiéis a veneração pela sua igreja mãe.

P. Jorge Manuel Faria Guarda, Vigário Geral

Confirmação ou Crisma

Neste domingo, dia 5 de julho, o Sr. D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, virá presidir à Eucaristia na igreja paroquial da Boa Vista, às 17h, na qual irá confirmar 36 jovens das paróquias da Boa Vista e de Santa Eufémia.

A propósito desta celebração, deixamos a ligação para um pequeno, simples, mas também profundo texto de uma catequese do Papa Francisco sobre este sacramento que convidamos a ler integralmente AQUI.

Quando acolhemos o Espírito Santo no nosso coração e deixamos que Ele aja, é o próprio Cristo que se torna presente em nós e adquire forma na nossa vida; através de nós será Ele, o próprio Cristo, que rezará, perdoará, infundirá esperança e consolação, servirá os irmãos, estará próximo dos necessitados e dos últimos, que criará comunhão e semeará paz. Pensai como isto é importante: mediante o Espírito Santo, é o próprio Cristo que vem para fazer tudo isto no meio de nós e por nós. Por isso, é importante que as crianças e os jovens recebam o Sacramento da Crisma.

A distância de uma (in)certa proximidade...

Aqueles que estiveram mais próximos de Jesus, que o conheciam desde pequeno, ficam impressionados pelas palavras e milagres que Ele faz, mas continuam fechados nos seus conhecimentos prévios do «carpinteiro, filho de Maria», e não têm capacidade para se abrir à novidade do Messias… Pensavam conhecer Jesus, mas de verdade só tinham um conhecimento «externo»; pensavam-se próximos, mas estavam distantes; sabiam dizer todos os seus laços familiares, mas não a sua verdadeira identidade e missão… A proximidade tornou-se distância… como tantas vezes acontece nas relações que não sabem alimentar a sua dinâmica permanente, e os conhecidos se tornam desconhecidos…

Para quem nasce num ambiente que, com demasiada facilidade, se diz cristão, sem muitas vezes o ser, em que tanto se diz Jesus, sem tantas vezes O conhecer, este texto do Evangelho faz-nos entrar na verdade da nossa relação com Ele: seremos também «conterrâneos» de Jesus que cresceram por perto dele sem nunca deixar que Ele se revelasse a nós na sua verdadeira identidade? A sua palavra tem ainda capacidade para nos impressionar? Terá Ele espaço para nos curar?...

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