Subir a Fórnea a pensar o Natal

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A Mãe de Deus

Quase passa despercebido, parado e quieto... mas é Jesus quem movimenta todo o texto do Evangelho de hoje: vemos os pastores a correr, quase em euforia, a contar tudo o que lhes tinha acontecido, e a voltar em atitude de louvor; vemos Maria a acolher no coração tudo o que via e ouvia; depois, a circuncisão e o nome: Jesus (=Deus salva). E tudo se passa por causa deste nome-missão: Ele vem de facto salvar, e quem o acolhe como Salvador vive na intensidade destas atitudes: pressa para ver e acolher a salvação, vagar para contemplar e meditar no coração...

Maria olha aquele Menino que tem nos braços: o seu Filho, é o Filho de Deus!

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Luz da Luz

Presépio da igreja da Boa Vista 2011

Apesar das nossas ruas poderem estar um pouco menos iluminadas que o habitual, o Natal não deixa de ser nunca a grande Festa da Luz. Celebramos um nascimento, o do Filho de Deus, o Verbo eterno, Aquele que proclamamos no credo como «Luz da Luz», verdadeiro Deus que veio ao mundo para iluminar a nossa vida. Deus irrompe na nossa história de uma forma única e definitiva. Naquele Menino, simples e semelhante a todos os outros meninos, o olhar da fé vê o próprio Deus que assume a nossa humanidade.

Mas Jesus ilumina-nos de verdade porque é também o verdadeiro Homem. É aquele que vive a sua humanidade no mais genuíno e sublime que ela tem. «Eis o homem», dirá mais tarde Pilatos... Eis, de facto, o homem. O homem que, desde o seu início, ilumina o nosso ser com as suas opções, com a sublime lição do presépio: uma vida dependente apenas de uma mãe e de um pai que não têm mais nada para dar ao seu filho senão o calor do seu amor. Pequenez, humildade, simplicidade...

Desejar um Santo e Feliz Natal é, antes de mais, desejar que a Luz nos leve de novo e sempre ao essencial, ao Amor primordial de Deus que nos cria, é desejar que se seja homem à imagem do verdadeiro Homem, é ousar acolher o presépio como um desafio, e que a Luz transpareça para este nosso mundo de hoje através de nós.

A todos um Santo e Feliz Natal!

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Leituras da missa da meia-noite.
Leituras da missa do dia.

Visita Pastoral à paróquia da Boa Vista

Quando Deus pede licença...

É sempre assim, este Deus todo-poderoso, que pede licença para entrar... Sem deixar de ousar a proposta, com a delicadeza que Lhe é própria, no respeito pela liberdade dos homens a quem ama, não quer assustar mas envolver num projecto que é conjunto, como são todos os que levam a marca do Amor... E Maria, na sua fragilidade, e com as suas próprias dificuldades, aceita o desafio que vem marcado pelo mistério: «Conceberás e darás à luz um Filho», o «Filho do Altíssimo», porque é pela força do Espírito Santo que ela será Mãe»... De facto «a Deus nada é impossível» quando os homens se abrem às possibilidades d'Ele.

E deste «sim» de Maria começa a aventura divina de um Deus feito homem, um Deus em quem bate um coração humano, para que no humano nunca deixe de bater o coração divino, aquele mesmo coração que, rasgado na cruz, continua a ser um convite para que o homem entre, mesmo sem pedir licença...

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«Vivei sempre alegres...»

A segunda leitura deste 3º Domingo de Advento começa com este apelo à alegria, nota que se encontra também na primeira leitura, quando o profeta afirma que exulta de alegria no Senhor, que a sua alma rejubila em Deus. João Baptista, no Evangelho, é interrogado na sua identidade: «Quem és tu»; e, com segurança, afirma ser a «voz» que clama no deserto: a sua identidade está na sua missão de mostrar presente no mundo Aquele que ainda não é conhecido. O testemunho é, no fundo, a sua identidade e a sua pessoa, e anunciar que está presente a Luz, dar a conhecer esta Boa Notícia, não pode deixar de ser uma fonte de alegria.

Neste caminho de Advento, a certeza da presença de Jesus Cristo neste mundo, a esperança da sua vinda definitiva, o caminho de renovação interior para O seu acolhimento, a Luz que Ele é para nós, são fundamento de uma alegria que se faz festa: festa da vida, festa do encontro, festa da partilha - o sentido da festa do Natal.

Acolhendo este presente de Deus presente, vivendo a festa do seu encontro, talvez, como João, possamos (com alegria) saber dizer-nos a nós próprios de uma forma plena quando nos perguntarem também a nós: «Quem és tu?»

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Leituras do 3º Domingo de Advento.
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Presentes solidários 2011

Presentes solidários 2011

«Preparai os caminhos do Senhor»

No segundo Domingo de Advento, o início do Evangelho de Marcos põe-nos diante do testemunho de João Baptista: as suas palavras, e a sua própria presença, são um desafio para as comodidades e instalações na vida.

Para além do convite a «preparar o caminho do Senhor», o convite à conversão, a repensar e reestruturar a vida de acordo com os critérios divinos, a sua própria atitude põe-nos diante da «essencialidade» da vida - no deserto, comia do pouco que ali se encontrava, vestia frugalmente... Não era uma «cana agitada pelo vento» (oca por dentro), mas um homem preenchido, com sentido... Todo ele, em palavras e em pessoa, é um apelo à conversão, à busca do essencial, ao reorientar do percurso de vida, à desinstalção dos vícios... Uma «voz» que incomoda, mas que faz bem escutar...

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